domingo, 19 de dezembro de 2010

Mostra de Filmes - 2º Semestre

Mostra de Filmes realizada por Geografia e Língua Espanhola – atendendo às Leis 10.639/03 e 11.645/08 

               Os professores do CIEP Brizolão 252 João Baptista Cáffaro (Tanguá), realizaram no dia 16 de novembro de 2010 uma Mostra de Filmes, atividade interdisciplinar que buscou levar os alunos a argumentarem criticamente as questões sociais e raciais, tais como apartheid, violência, discriminação, democracia social e racial etc., abordados nos filmes Invictus e O último rei da Escócia, colocando em prática e/ ou desenvolvendo o seu senso crítico.
                
Esta atividade foi elaborada pelos professores Alex Fabiano Fonseca (Geografia) e Sonali Silva de Abreu (Língua Espanhola) e desenvolvida com os alunos do Ensino Médio – turmas regulares do turno da manhã –, da seguinte forma: os filmes foram exibidos em duas etapas – 1ª das 07h às 10h as turmas 1001, 2002 e 2003 assistiram ao filme Invictus

Elenco: Morgan Freeman, Matt Damon, Bonnie Henna, Scott Eastwood, Langley Kirkwood, Grant Roberts.
Direção: Clint Eastwood
Gênero: Drama
Duração: 134 min. Distribuidora: Warner Bros.
Sinopse: Invictus nos traz a inspiradora história de como Nelson Mandela (MORGAN FREEMAN) uniu forças com o capitão da equipe de rúgbi da África do Sul, Francois Pienaar (MATT DAMON), para ajudar a unir a nação.Recém-eleito, o presidente Mandela sabe que seu país permanece dividido racial e economicamente após o fim do apartheid. Acreditando ser capaz de unificar a população por meio da linguagem universal do esporte, Mandela apóia o desacreditado time da África do Sul na Copa Mundial de Rúgbi de 1995, que faz uma incrível campanha até as finais. (http://www.cinepop.com.br/filmes/invictus.php)

e das 10: 40 ao 12: 20 as turmas 1002 e 2001 assistiram ao filme O último rei da Escócia

País de Origem:  Inglaterra
Elenco: Forest Whitaker (Idi Amin), James McAvoy (Nicholas Garrigan), Kerry Washington (Kay Amin), Gillian Anderson (Sarah Merrit), Simon McBurney (Nigel Stone), David Oyelowo (Dr. Junju), Adam Kotz (Dr. Merrit), Barbara Rafferty (Sra. Garrigan)
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 122 minutos
Estúdio/Distrib.:  Fox Filmes
Direção:  Kevin Macdonald
Sinopse: "Impactante!" - O Globo: No papel de Idi Amin, o ditador de Uganda, Forest Whitaker nos brinda com "uma das melhores interpretações da história do cinema moderno" (The Wall Street Journal), uma interpretação considerada pela Associated Press como "nada menos do que digna de um Oscar®". Esta é a incrível história de Amin vista através dos olhos de Nicholas Garrigan (James McAvoy), um jovem escocês que foi médico pessoal do instável líder, em parte devido à inesperada paixão de Amim pela cultura escocesa - Amin até se autoproclamou "O Último Rei da Escócia". Seduzido pelo carisma de Amin e cegado pela decadência, a vida dos sonhos de Garrigan torna-se um pesadelo de traição e loucura do qual não há fuga. Inspirado em pessoas e acontecimentos reais, esta história de grande impacto e cheia de suspense é repleta de interpretações inesquecíveis. (http://www.interfilmes.com/filme_16827_o.ultimo.rei.da.escocia.html)

            Antes de cada apresentação os professores exibiram alguns slides (em Power Point) com imagens que buscassem nos alunos palavras relativas à temática, perguntas que os motivassem a observar e analisar as questões sociais e raciais, aqui já comentadas,

Que palavras vêm a sua cabeça?


Liderança           Diálogo                Democracia        Racial                   Separação                          União    Raças                   Intolerância                Violência             Apartheid

Depois de assistir ao filme, como você interpretaria esta imagem?


e uma exposição geral sobre o Apartheid, sensibilizando-os e preparando-os, então, para a exibição, com o recurso do projetor Data Show, dos filmes e desfecho da atividade, que consistia na produção de um texto em que argumentassem o “Apartheid africano e o Apartheid contemporâneo”, seguem alguns trechos selecionados pelos professores: 

                O apartheid dominou com grande força a África, mas até hoje, creio que ainda não foi vencido por completo.
Por volta de 1994/ 1995, Nelson Mandela estava na liderança da África do Sul e aparentemente, de acordo com o filme assistido [Invictus], com o diálogo ele queria acabar com a violência e a separação de um mesmo povo e desejava a união de raças.
Creio que muitos lutaram pela democracia racial, mas mesmo depois de tentar unir forças, com a intolerância do povo, não só a africana, ainda há preconceito entre negros e brancos, numa porcentagem menor, mas ainda não está completamente extinto. (Alunas Elen Ephigênia e Laís Silva A. Martins - 1001)

A professora Sonali [e o professor Alex Fabiano passaram] um filme show sobre o apartheid, o nome era “Invictus” e nesse filme foi mostrado um grande homem de coragem e bastante atitude, chamado Nelson Mandela, ele foi um grande líder político [...] (Aluno Edilson F. de Oliveira - 1001)

[...] [Nelson Mandela] enfim se tornou presidente da África e usou algo que funciona muito bem, o esporte, [...] que no filme foi o “rugby”, que juntou negros e brancos em busca de uma vitória.
Eu acho que se todos tivessem, hoje, um objetivo no mundo, o preconceito iria diminuir. [...] hoje está cada um por si, vendo só o seu bem [...] (Alunas Laila Silva e Cristiana - 1001)

[...] Uma coisa que me chamou a atenção foi que Mandela quis apagar da História do seu país a separação entre as raças e criou a união contra o apartheid. Isso foi um exemplo para a humanidade, mostrando que o apartheid não leva a nada só à violência, à intolerância, à separação [...] (Alunos Laila Salles e Uállafe de Oliveira Silva - 1001)

Posso dizer que, graças a esse filme que foi passado pela professora e pelo professor Alex, podemos tirar grandes coisas para o aprendizado de vida, como por exemplo, que o esporte une as pessoas e que o diálogo é fundamental para qualquer situação que possamos resolver. [...] (Alunos Cristiano Bento dos Santos e Wanderson da Silva Coutinho - 1001)

O filme (“Invictus”) retrata o apartheid com clareza. De início mostra a separação que existe no esporte, negros jogam futebol, o que é considerado coisa de pobre, e os ricos jogam “rugby”. [...]
Em nossa sociedade alguns locais, como certas faculdades, utilizam o preconceito e mantêm fora dela os negros e pessoas de outras etnias.
O que eu espero é que esse preconceito com pessoas de outras etnias e de certas classes acabe um dia. (Alunos Edson Porto e Rafael - 2002)

[...] Para termos um futuro melhor, temos que começar a mudar o hoje, lembrando-se que tudo só depende de nós. A humanidade pede ajuda e a união faz a diferença, isso é o que nos falta. [...] (Alunos Charles Nascimento e Viviane Teles - 2002)

[...] Mandela além de criar a unificação entre as raças, conseguiu construir algo mais importante, o controle e a generosidade. [...] a sociedade de hoje ainda carrega traços de racismo e preconceito, um exemplo muito grande de apartheid é o tratamento para com os homossexuais, extremamente irracional [...] (Alunas Suanne dos Santos e Sthefanne Teixeira Alves - 2002)

No filme que vimos [“Invictus”] vimos que há um exemplo claro disso, o preconceito entre brancos e negros , dentro de um mesmo país, a África do Sul. Mas com a ajuda de Nelson Mandela, presidente eleito, negro e que teve uma turbulenta vida, usou um esporte, o “rugby”, para fazer com que as diferenças terminassem, pelo menos no esporte e, através dele, as pessoas pudessem ver que um simples preconceito é algo que não deve acontecer.
Não só na África do Sul mas em todo o mundo o Apartheid, tanto racial quanto social, deve acabar. (Alunos Suzane, Laiz Wendy e Wllwington - 2003)

[...] Conclusão: [sobre “O último rei da Escócia”] [...] O poder é bom, mas não é tudo. [...] Dinheiro é bom, mas não traz felicidades. E acima de tudo é importante convivermos com outras pessoas, de diferentes raças, etnias etc. Na verdade, a separação não deveria e nem deve existir. [...] (Aluna Nazaré Dias Lopes - 2001)

[...] Por não ser tolerante, ele não era um bom líder [Idi Amim história presente em “O último rei da Escócia”], por isso a separação entre os povos, que existia nesse país, promovia a guerra contra o presidente. [...]
No final das contas, percebemos que o ditado popular é verdade, “as aparências enganam”. (Alunas Gabriela M. Dutra e Priscila R. de Souza - 1002)

O filme relata a história da África, de um lado um lugar de extrema pobreza, do outro lado ricos e soberbos racistas.
Até que um novo governo surge através de Nelson Mandela e começa a mudar a história dos africanos [...]
Não há mais um movimento chamado Apartheid, não há mais separação entre negros e brancos porque uma nova liderança mudou os conceitos de violência e intolerância por diálogo e união através do esporte.
Além de fazer cair as barreiras raciais, também fez cair as barreiras entre autoridades [...]
Às vezes deixamos existir em nossos dias o Apartheid a separação entre negros e brancos sem percebermos o modo de falar, as brincadeiras etc. Somos todos iguais, Deus nos criou à sua imagem e semelhança não existe ninguém maior ou menor, pois todos somos merecedores de respeito e dignidade.
Abaixo a discriminação racial. (Aluna Márcia de Souza - 1002)
               
Essa atividade vem combater toda a forma de apartheid, seja ele mais conhecido entre negros e brancos ou nos variados formatos que ele apresenta na contemporaneidade, dentro da escola ou fora dela. Os professores envolvidos nesse projeto perceberam que tal objetivo foi alcançado a partir da leitura dos argumentos presentes nos textos dos seus alunos e nos comentários por eles emitidos após a exibição dos filmes. 





Sonali Silva de Abreu
- Professora de Espanhol
Alex Fabiano Fonseca - Professor de Geografia

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